A vida se desenrola de forma dinâmica e em velocidade espantosa. Tão dinâmica e veloz que nos deixa imensamente distraídos.
É comum chegarmos a esquecer das coisas mais banais do dia a dia, tamanha é a variedade e quantidade de compromissos assumidos.
Parece que se não entrarmos nesta ciranda estaremos perdendo o bonde da história, ficaremos à margem dos acontecimentos e não seremos mais aceitos em sociedade.
Entramos nesta roda-viva plenamente convencidos de que estamos lutando pela nossa liberdade e autonomia, que nem nos damos conta do cabresto que voluntariamente colocamos em nós mesmos.
Completamente envoltos e focados em responsabilidades assumidas na maioria das vezes para seguir a moda, pautada por quem só se interessa em dinheiro e poder, acabamos por perder a alegria de viver.
Tornamos-nos pessoas com semblante amarrado, atormentado, com nervos à flor da pele e de certa forma… Insensíveis.
Nem sequer imaginamos que alguém possa viver em um ritmo diferente e tomamos verdadeiro susto quando nos deparamos com pessoas alegres, calmas e que levam a vida com serenidade sem preocupação com o tempo.
Pessoas que tem tempo para visitas, para dedicar carinho e atenção a qualquer hora do dia como ligar somente para perguntar como estamos.
Pensamos de imediato que há alguma intenção escusa por trás deste comportamento…
Talvez este momento do ano seja propício para tentar uma guinada em nossa vida.
E quando o Dezembro for embora e o Janeiro apontar no horizonte, trazendo um Ano novinho em folha, repleto de oportunidades, tenhamos a força e a corajem de desarmar o coração e romper as amarras… desatar os nós que nos prendem a uma rotina sem sentido e que não leva a lugar algum.
Que a gente se permita sentir com alegria de viver a intensidade do Amor que cura… que salva… que dá sentido à vida.
Falar, mas igualmente saber ouvir… doar-se, mas também saber receber… amar e mais do que tudo, estar abertos para receber o amor que vem de Deus e do próximo, pois só assim os olhos brilham e a alma canta.
Silvia Gomes